quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Para Joca

Há 30 anos nasceu alguém que iria me acompanhar durante a vida, que seria meu companheiro, amigo, confidente e anjo da guarda.
            Aquela pessoa que me pentelhou a infância toda, me expulsou das brincadeiras de “meninos” e me queria bem longe das conversas e jogos.
            Na verdade, tudo que queria era ficar ao lado dele, pois minha admiração sempre foi tão genuína.  Em tudo que faz tem amor, compromisso e lealdade, e um tanto de perfeccionismo e esquecimento.
            Ele que é meu irmão, cuja opinião tenho em alta consideração e respeito. Que tantas vezes discutimos, mas em decorrência dessa vida incerta nos reaproximamos cada vez mais, porque percebemos o quanto são bobas certas divergências e o quanto o afeto é mais importante.
            Ele que é tão doce e cuidadoso, responsável, intuitivo e observador, e acima de tudo ético. Qualidades raras num mundo torto.
            Sem dúvida ele é um construtor de um planeta melhor, pois faz sua parte de ser humano do bem.
            Meu melhor amigo, meu artista preferido, meu ídolo, meu game maníaco, meu irmão.
            Ele que é apaixonado pela noiva, a quem agora tenho como uma irmã e torço pela felicidade dos dois tanto quanto pela minha própria felicidade. Porque te ver feliz irmão, me deixa muito mais feliz.
            Talvez você não entenda toda minha euforia com seus planos e sonhos, mas é que eu acabo embarcando junto com você como se fossem minhas próprias aspirações também. Porque não consigo me separar de você. Te ver bem é me ver bem também.
            Então, neste dia tão especial desejo que a felicidade te invada e o amor transborde. Que todos os seus sonhos se realizem e jamais faltem novos planos para se concretizarem. Que a saúde esteja sempre presente na sua vida e que você continue sendo esse ser iluminado que reflete brilho por onde passa. Que seus ouvidos e pensamentos vibrem somente para o bem.
            Obrigada por cuidar tão bem de mim, por ser meu protetor e por me encher de carinho. Você é o melhor irmão do mundo, sou sua fã e você sabe disso.
            Te Amo muito, vou parar de tanto sentimentalismo, tenho meu orgulho a zelar kkkkk.
Milena Macena do Espírito Santo

                    

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Muda Brasil?

As eleições enfim terminaram para a alegria de alguns, desagrado de outros e a paz de muitos. Quer dizer, a calmaria ainda não se instalou em decorrência do preconceito aos nordestinos e a exacerbada passionalidade de nós brasileiros.
            Os paliativos que ganharam força no governo petista (bolsa família, por exemplo) alavancaram a recandidatura da então presidenta Dilma (convenhamos), e isso gerou uma enorme enxurrada de discriminação a nós nordestinos, mas por quê?. Ora, a região nordeste sempre foi vítima da seca e de tantas mazelas. Durante o período colonial toda riqueza e força de trabalho foram transferidas para o Sudeste e Sul, concentrando indústrias e maiores oportunidades de emprego.
            Dessa forma, além do fator climático, a própria historicidade do Brasil propiciou grande parte da miséria regional. Sendo assim, é natural que a maioria dos receptores do bolsa família sejam nordestinos, e, portanto o maior eleitorado da Dilma, foco das críticas dos inflamados sulistas e eleitorado do Aécio.
            Para quem não tem nada, o bolsa família é sensacional, mas se continuarmos apenas com os paliativos sem transformar de fato o cerne da problemática não haverá mudança nunca!. Não sou nenhuma historiadora e não tenho embasamento para escrever opinião fundamentada, mas diante da minha superficial observação como cidadã não vislumbrei grandes mudanças durante esses 12 anos do PT no poder.
            Obviamente não será repentinamente que ocorrerão tão esperadas modificações no Brasil (na saúde, na educação, na segurança).  Mas também não aguentamos mais tantos paliativos, eu não aguento mais!.
            Fomos às ruas, pintamos nosso rosto, gritamos palavras de protesto, vaiamos a presidenta na copa e a reelegemos. A culpabilidade da atual situação do Brasil não é somente do PT, mas também não podemos omitir sua parcela de culpa. Corrupção sempre existiu, mas até quando iremos continuar aceitando?
            Ok, ok talvez não tivemos um grande leque de opções de candidatos, mas não vamos nos iludir a ponto de crer numa grande transformação do Brasil no governo que irá reiniciar. O mesmo partido, a mesma presidenta, os mesmos problemas.
            Torço muito para uma virada positiva do Brasil, com mais saúde e qualidade de vida para todos, mas sinceramente não acredito muito, e espero sim está equivocada em tal crença.
            Nós nordestinos não merecemos nenhum tipo de preconceito, somos uma região linda, solar e trabalhadora. Mas infelizmente nem sempre somos privilegiados com investimentos. Espero realmente que durante os próximos 4 anos, os governantes invistam de fato na problemática, para que  os paliativos se tornem cada vez mais raros e a qualidade de vida cresça. Muda Brasil.
 Milena Macena do Espírito Santo
           


segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Amigos, amigos...política a parte!

É bastante desagradável ver a timeline repleta de debates políticos, discussões inflamadas, passionais e bem longe de serem pacíficas. Cada um defendendo seu ponto de vista, aliás, impondo.
            Ninguém muda convicção de ninguém tão facilmente, mas todos acham que tem tal poder.  Então são vídeos, frases, um turbilhão de compartilhamentos a favor de cada candidato a presidência, e caso seu amigo pense diferente de você...se prepare é até capaz de perdê-lo.
            Chegamos ao cúmulo da intolerância, as diferenças não são respeitadas. Pensamos diferentes, queremos coisas diferentes e só iremos mudar se quisermos então nada de imposições, por favor.
            Em determinados assuntos não existe um limite entre o certo e o errado, e sim o melhor para cada um. Na política e na religião em especial todos querem transformar o mundo a seu modo, o que ocorre é que seu jeito é bem diferente do outro, e muitas coisas não se aplicam, pois os contextos e pensamentos diferem completamente. O melhor pra mim nem sempre é o melhor pra você, e pensar de forma egocêntrica é o fim.
            O extremismo, o radicalismo e o egocentrismo nos cega e impede que exerçamos o sentimento de empatia. Não é com impaciência, e palavras de baixo nível que iremos conquistar a confiança alheia, e sim a partir de argumentos fundamentados, jamais esquentados. Somente dessa forma iremos proporcionar um debate, sem ofensas e perdas de amizade.
            Há algum tempo já não enfatizo ou demonstro em quem irei votar (e se for votar em algum candidato, pois a nulidade também merece ser respeitada), até porque ele é secreto e não interessa a ninguém. Não será você que irá modificar, estou atenta ao que me cerca e as transformações que ocorrem no país e isso é o que me basta.

            Mais respeito, menos intolerância e caso queira me convencer: quero argumentos fundamentados, e caso não queira nem insista. Amigos, amigos, política a parte.
Milena M. E. Santo

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Tudo que vi...

A pedido de um amigo: escrevo. Mas antes de tudo sinto, sou perceptiva a ação do tempo sobre mim e as pessoas a minha volta.
            Em um ano muitas coisas se transformaram, opiniões mudaram, outras fortaleceram. Pessoas somaram outras distanciaram, mas a minha essência é a mesma. A menina moleca, brava e impaciente. Ela está aqui e insiste em permanecer, e eu quero que ela fique.
            Ela que é tão sonhadora e tão pé no chão, tão solta e tão presa.
            Quando vejo seu sorriso menina, não quero mais parar de te olhar. Então chega a mulher séria e se apossa de você num misto de discrição e diversão. Essa menina mulher sou eu, muitas em uma.
            Não sou um rótulo, e sim adjetivos, qualidades, características e defeitos. Sou tudo e nada. Quanto mais vivo menos sei, porque tudo é tão infinito. Mas ainda assim persisto no saber e ele me envolve e me fascina.
            A cada dia sou grata por tudo que me cerca, pelas possibilidades e pessoas e até pelas topadas que me fizeram olhar com cautela onde piso. Sigo e comemoro mais um ano, mais uma primavera repleta de amor, esse tipo de amor que transborda que faz com que sigamos em frente porque a vida vale muito a pena. Mesmo que a gente chore, depois a gente gargalha, porque não é uma linha reta, há muitos vales e sombras e o desafio é a melhor parte.
            Desafiar, persistir e achar graça de tudo. Pois muito do que um dia é drama depois é calmaria, diversão, alegria, especialmente alegria, e é ela que me envolve e a alimento cada dia. Como uma planta que precisa de luz, eu necessito de Sol. Sou solar e isso continua, me inclino para luz, pois é dela que gosto.
            Por mais que passem anos, algumas coisas sempre vão permanecer, porque eu escolhi a permanência. Outras descarto com indiferença: o que prejudica e atormenta, quero longe, bem longe. Amigos perto, bem perto. Família colada, assim como as conversas e gargalhadas!
          O tempo sempre mostra quem fica e quem vai embora!
           E durante todos esses anos, foi tudo isso que vi: quem vale a pena e quem deve seguir.

 Milena Macena do Espírito Santo

domingo, 5 de outubro de 2014

Cidadania

Exercer a cidadania se tornou restrito ao ato de votar, somente nas eleições ouço a dita palavra.  Mas cidadania vai muito além, sabemos disso, mas não possuímos de fato.
            São direitos e deveres, no entanto nossos direitos estão muito longe de serem nossos. Encontram-se nas palavras dos políticos e não nos fatos concretizados. Estão nos hospitais a serem construídos ou na educação que ainda não se tornou realidade.
            Durante a campanha eleitoral os candidatos abraçam e beijam pessoas e a população se sente sensibilizada com tamanho carinho, pobres somos em acreditar em tais atitudes. Os debates nos servem de divertimento, distração, não são para discutir o programa de governo e sim para os candidatos se digladiarem, quem tem mais podre? Quem é mais ou menos corrupto? E seguem risadas sarcásticas e ofensas. E eu... me divirto, não nego.
            Me divirto porque pra mim tudo não passa de uma grande piada, nosso país, os candidatos. A preocupação não é o povo e sim eles próprios e seus partidos, surgem cantores, compositores, jogadores, atores todos em prol de seus pretendentes ao grande cargo do país, querem mudanças, ou ligam-se por interesses, aliás, o mundo é movido por interesse. E quem disser que não suspeito que esteja mentindo.
            Interesse nos negócios da família. Interesse em arrecadar dinheiro para campanha. Ou interesse em um país melhor, em qualidade de vida. Por que tudo, absolutamente tudo perpassa pelo interesse. Mas infelizmente, a maior parte da vontade está direcionada em proporcionar ganhos para os próprios políticos e seus partidos, e a população que o elege fica de fora, e cada vez mais alheia a tudo que se passa. Lembram-se apenas dos abraços tão “afetuosos” ou pior dos R$ 20, 00 que foram pagos pelo voto. Míseros vinte reais. Mas que fez muita diferença para alguém que não tem quase nada.
            O coronelismo se faz presente e muito em nossa sociedade, especialmente em nosso estado, convenhamos. E ter consciência do fato infelizmente não faz grande diferença, porque as opções são poucas. Como dizer para uma amiga que a casa prometida depois do mês de outubro será a compra do seu voto, mesmo ela já estando cadastrada em determinado programa e sendo direito dela. Ela jamais entenderá, pois sua necessidade é tamanha que qualquer palavra e promessa se tornam uma grande esperança.
            A população mais carente sofre e quer soluções, mas não tem culpa de não saber como funciona a sociedade. Eu, que estudei tal funcionamento me pego tão desprevenida, imagina uma pobre mulher sem expectativa alguma de moradia própria ou alimento irá compreender. Pobre, pobre de nós, que deixamos nos iludir por vinte reais ou quanto quer que seja. A satisfação apenas será temporária, o almoço estará garantido, no entanto o que será da população no decorrer dos anos?.
            Hoje “exercerei minha cidadania”, sem muitas opções e expectativa. Lamentarei por tantos votos comprados e por tantos assuntos desviados nos debates, porque infelizmente o povo não é o centro, mas sim os “podres poderes” de cada candidato.

 Milena Macena do Espírito Santo
                                   

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Mãe,

           Você tem algo de amor, de paz, segurança, Lua e Sol, especialmente Sol.
            Paciência também, calmaria e firmeza.
            Na sensibilidade consegue tornar-se fortaleza.
         Me mostra os caminhos e orienta, e sigo com obediência, pois você mãe é o meu maior exemplo de educar. Com tamanha grandeza se mostra modesta e essa humildade me é tocante.
            Assim como suas palavras que proferem paz e esperança eu sigo adiante.
            Pois você sabe que é radiante.
            E em tudo que faz tem carinho e imenso apreço.
            Você é minha calmaria no dia turbulento, minha amiga a cada momento.
            Que sorte a minha ter você o tempo inteiro, dividindo sonhos e anseios.
            Na sua timidez encontro repouso, na minha avidez encontra alegria.
            Porque dividimos tantos sonhos que a sua alegria é a minha.
            Então nesse seu dia quero desejar somente o que me contagia: sua saúde e sua companhia.
            Para que com o passar dos anos possa desfrutar de ter a minha mãe sempre a me ensinar, com imenso amor que posso compartilhar você e eu na vida a caminhar.
            Te amo e você sabe que mãe melhor no mundo não há!

    Milena M. E. Santo

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Dízimo e ações

Infelizmente as religiões encontram no sentimento de culpa sua principal alavanca para adquirir fiéis e dízimos.
            Critico e sou enfática: suas promessas e autopunições nada adiantarão para conseguir o que quer que seja. É natural nos debatermos diante de escritos complexos e de aparência rudes proferidas como palavras “santas”, no antigo testamento ou onde quer que seja. Ora, são escritos de outra época e organizado por pessoas, assim como eu e você (passíveis de erro).
            Os homens eram outros e para despertar a consciência talvez fosse necessário o uso de parábolas e expressões que remetessem algum tipo de castigo, para dessa forma gerar culpa e o bom servir. O comportamento, a cultura muito se distancia da nossa, contemporânea, talvez por isso algumas interpretações fossem seguidas ao pé da letra.
            Agora que obtivemos o discernimento necessário para distinguir o “bárbaro” do “civilizado” nos cabe questionar frequentemente nossas ações e em especial “as pequenas igrejas e grandes negócios”. Não é doando a metade do seu salário para a igreja que obterá sua paz e muito menos um lugar no “céu”, provavelmente isso nada adianta, desculpa a franqueza.
            Meus amigos ditos “ateus” muitas vezes são mais amorosos que várias beatas. São as ações que contam e não se você está frequentando ou pagando o dízimo. Mas é como sempre digo: essa é apenas a minha opinião, se te faz bem pagar e se contradizer no trato com o próximo, continue, é a sua escolha e consciência.
            A única coisa que realmente importa é não estacionar, seguir adiante no processo evolutivo, tentar ser melhor a cada dia, essa é a verdadeira promessa que deve ser feita com você mesma. Porque não é “negociando” que você alcança sua meta, é agir e sair do lugar comum, olhar a sua volta e prestar atenção.. Se for pra pagar o dízimo, faça algo também que não seja automático, mas que tenha afeto.
 Milena Macena do Espírito Santo