domingo, 15 de dezembro de 2013

Érick, Evelyn, Débora e o trânsito de Aracaju.

           Mal pude acreditar quando meu irmão me noticiou sobre a morte de Érick. Érick e eu estudamos na mesma escola, tínhamos muitos amigos em comum. Quando criança era apaixonadinha por esse galego. Nas gincanas da escola, nos joguinhos, sempre havia muito barulho e brincadeiras sobre esse fato.
            Havia década que não sabia nada sobre ele, somente sei que morava praticamente ao lado da minha casa, mas nunca o via, e pra falar a verdade, me esquecia desse fato, não nos falávamos desde que saímos do colegial, éramos de turmas diferentes, ele mais velho que eu.
            A ideia de morrer jovem e de forma tão repentina me deixou perturbada, especialmente pelo fato de ter sido de moto e em frente a minha casa. Ontem a amiga de minha colega também deixou esse mundo, de moto também, em outubro a irmã da minha amiga se foi, do mesmo modo. Não sei quantos jovens ainda vão ter que morrer até que tomem providências para o trânsito de Aracaju!
            Moto é perigoso? É, e muito. Mas os carros também são, aliás, os motoristas são imprudentes (tanto de moto quanto de carro). A problemática é quem está no controle. É extremamente necessário que haja educação no trânsito. Ninguém mais respeita ninguém, carro não respeita moto, moto não respeita carro, e ninguém respeita o pedestre.
            Érick voltava para casa após um dia de trabalho, não estava em alta velocidade, muito menos havia ingerido bebida alcoólica, quanto ao condutor do carro, não sei nada a respeito, talvez esteja morrendo de remorso, ninguém quer e merece uma tragédia dessa.
            Mas o que faremos? Continuaremos a assistir nossos amigos serem mortos em decorrência de um trânsito caótico?!
            O trânsito de Aracaju se tornou insuportável, a cidade crescendo, muita gente transitando para a “cidade da qualidade de vida” e tudo vira uma bagunça. Ouço as pessoas de fora dizerem que aqui é o melhor lugar de se viver, deve ser, não sei, não tive outra experiência. Mas para continuar sendo necessita de EDUCAÇÃO no trânsito, não aguento mais assistir noticiário.
            Outra coisa que me irrita profundamente são as festas na capital sergipana, a quantidade de pessoas que ingerem bebidas alcoólicas e dirigem numa boa é absurda!, recebem mensagens avisando onde ficam as blitz e vão embora, causando estragos ou não. Blitz na porta da festa, quer beber? Vá de táxi. Se você não se importa com a sua vida, respeite a vida do outro.
            Meu coração está em pedacinhos, por Érick, por Evelyn, por Débora e por todas as pessoas conhecidas e desconhecidas que se vão em meio ao trânsito de Aracaju.
            Meus profundos sentimentos aos familiares, muita força e paz, Muita luz pra alma de Érick, Evelyn e Débora, que se foram tão jovens.
            Com tristeza,
                                                               Milena Macena

Nenhum comentário:

Postar um comentário