sexta-feira, 6 de março de 2015

Precisamos conversar sobre política

Ao iniciar o blog a primeira coisa a pensar foi: jamais escrever sobre política. Estava saindo da universidade e sinceramente... muito cansada de debates passionais e inflamados. Não há imparcialidade na política, aliás, em nada.
            Mas não há como fugir de algo que nos atinge diretamente, a política move a sociedade, afeta a economia e fere(ou não) o cidadão, que em decorrência da boa ou má administração tem sua vida transformada. Saúde, alimentação, qualidade de vida, absolutamente tudo isso dependerá da gestão abordada pelos governantes. Dessa forma, está bem informada e consciente do que nos cerca é fundamental (coisa que necessito fazer frequentemente).
            Sendo assim, a política está intimamente relacionada com a ética e todo dia é dia de ética. É necessário conversar sobre a moralidade de um país que se encontra em profunda crise. Crise na saúde, na segurança, na educação, no “petróleo”, ou melhor, no caráter de incontáveis gestores. Essa turbulência não é de hoje, nos acompanha há muito tempo, mas tudo tem limite, tenha santa paciência! Aliás, a paciência de santa não tem nada nesse caso. Tolerância nem sempre é virtude.
            Estamos exaustos de corrupção, dinheiro mal investido ou “transferido”. Aumenta a gasolina, aumenta energia, só não aumenta a saúde e a segurança do povo brasileiro. Exigir transparência é direito, ter direitos reconhecidos não é favor, é dever! É dever do Estado proporcionar elementos básicos para a população, mas até do básico estamos longe!.
            Nesse exato momento em que o país vivencia tal crise,  grande parte da população parece se tornar “apartidária”, visto que não há nenhum partido que a represente. No entanto, se somos o reflexo de nossos governantes e estamos insatisfeitos e inconformados com determinada situação: olhemos diariamente para nossas atitudes, no intuito de não nos igualarmos em circunstâncias rotineiras.  Cobrar e fazer a nossa parte.  
            A novela “O Rei do Gado” trás a tona (novamente) a honestidade do senador “Caxias”, tão mal visto em seu meio por ser honesto. Honestidade se torna chacota e defeito em meio a um mundo torto. Torto sim, onde já se viu a integridade se tornar motivo de piada?!. Se todos nós fizéssemos a nossa parte, um ato honesto seria naturalmente bem recepcionado, enquanto qualquer ato de improbidade se tornaria repulsivo. Mas existe chacota, pois todos parecem seguir um único caminho, e o integro é “idiotizado”, lamentável, lamentável somos.
            Precisamos conversar sobre política, mas acima de tudo sobre ética.

 Milena Macena do Espírito Santo
          

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