Para mim não resta dúvida, um dos piores
tipos de amor é o platônico. Não pela falta de reciprocidade, mas pelas
expectativas e ilusões que são depositadas.
Talvez
esse amor nem seja tão grandioso assim. Mas nunca aconteceu, e como sua imaginação
é fértil só consegue admirar o ser amado. Então permanece aquele profundo
encantamento durante um longo período até você fingir que se cansou, mas no
fundo ele está bem vivo dentro de você.
Isso
atrapalha toda a sua vida e seus relacionamentos, porque esse sentimento não
foi desfeito, já que a relação nunca existiu, o impede de está completamente
livre para outra pessoa. Na verdade, você acaba deturpando a imagem da pessoa
admirada aos seus interesses. Nada foi vivenciado, não tem como saber se seria
tão maravilhoso assim. Talvez vocês nem construíssem uma relação sólida, provavelmente
a amizade seria bem melhor que um namoro. Ela/Ele como amiga(o) é muito legal,
mas você não sabe se assim seria como namorada(o).
E
esse “se” é o que mais atrapalha, fala a verdade, amigo(a) leitor...
Esse
“e se” é uma pedra no sapato.
E
se eu ligasse para ela?
E
se a chamasse para sair?
E
se ela ainda estivesse aqui?
“E
se” não leva a nada, vai por mim. Ou você liga ou não liga, mas nada de ficar
remoendo o que talvez nunca fosse acontecer. Ou você tenta e arrisca, ou se
conforma. E se conformar não é nada fácil, imagino, mas o que se pode fazer? Se
não foi, não era pra ser, não vale a pena se maltratar ou insistir em alguém
que não gosta de você, ou não está mais aqui para poder compartilhar os
momentos difíceis e prazerosos.
A
vida segue, e você deve seguir com ela. Nada de estacionar, para frente é que
se anda. Guarde boas lembranças dos acontecimentos. Mas se não houve, arrisque
ou se conforme, não corra atrás de alguém que não te valorize.
Milena Macena do Espírito Santo
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