Maria vai com as outras nunca soube quem
era, pois nunca pensou por ela mesma. Coloca sempre a culpa nas pessoas por
suas atitudes como se não tivesse o poder de escolha.
Insiste
em ser guiada, influenciada para não assumir o compromisso de suas responsabilidades.
Pobre Maria, nem se quer sabe distinguir seus próprios anseios, não reflete, só
reproduz o que ver. Ela é boa em cópia porque não aprendeu outra maneira de
viver e ver o mundo. Pobre, pobre Maria.
Mas
a Rebeca e a Vitória enxergam muito além das aparências e insistem em ser
autênticas, discutem e brigam por pensarem por conta própria. Mas Maria jamais
entenderá o que é ser autêntica, nunca aprendeu, só copiou, essa foi a maneira
que ela encontrou de viver, mas cômoda e acrítica. Nem melhor nem pior, ela só ainda
não se descobriu.
Quem
se descobre e se reinventa sabe como é bom viver por si mesmo, mesmo tropeçando
e levando topadas, se atrapalhando. Porque personalidade firme é
responsabilidade, exige firmeza e coragem. A diferença atrai e espanta, por que
é o oposto da normalidade.
A
normalidade é como Maria, vai sempre com as outras. A diferença encanta e
espanta, mas possui originalidade. Porque no mundo de normalidade quem pensa
por si só causa estranhamento. Mas Maria ainda não sabe que pode ser única, ela
apenas insiste em ser uma cópia. Um dia Maria descobrirá que o melhor mesmo é
ser ela própria, com seus erros e acertos.
Milena Macena do Espírito Santo
Texto massa!
ResponderExcluiradorei!
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