Infelizmente as religiões encontram no
sentimento de culpa sua principal alavanca para adquirir fiéis e dízimos.
Critico
e sou enfática: suas promessas e autopunições nada adiantarão para conseguir o
que quer que seja. É natural nos debatermos diante de escritos complexos e de aparência
rudes proferidas como palavras “santas”, no antigo testamento ou onde quer que
seja. Ora, são escritos de outra época e organizado por pessoas, assim como eu
e você (passíveis de erro).
Os
homens eram outros e para despertar a consciência talvez fosse necessário o uso
de parábolas e expressões que remetessem algum tipo de castigo, para dessa
forma gerar culpa e o bom servir. O comportamento, a cultura muito se distancia
da nossa, contemporânea, talvez por isso algumas interpretações fossem seguidas
ao pé da letra.
Agora
que obtivemos o discernimento necessário para distinguir o “bárbaro” do “civilizado”
nos cabe questionar frequentemente nossas ações e em especial “as pequenas
igrejas e grandes negócios”. Não é doando a metade do seu salário para a igreja
que obterá sua paz e muito menos um lugar no “céu”, provavelmente isso nada
adianta, desculpa a franqueza.
Meus
amigos ditos “ateus” muitas vezes são mais amorosos que várias beatas. São as
ações que contam e não se você está frequentando ou pagando o dízimo. Mas é
como sempre digo: essa é apenas a minha opinião, se te faz bem pagar e se
contradizer no trato com o próximo, continue, é a sua escolha e consciência.
A
única coisa que realmente importa é não estacionar, seguir adiante no processo evolutivo, tentar ser melhor a cada dia, essa é a
verdadeira promessa que deve ser feita com você mesma. Porque não é “negociando”
que você alcança sua meta, é agir e sair do lugar comum, olhar a sua volta e prestar atenção.. Se for pra pagar o dízimo, faça algo também que não seja automático, mas que tenha afeto.
Milena Macena do Espírito Santo
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