sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Quando a Vida te supreende.

Como ontem foi o dia da saudade...


            Estava aqui pensando na efemeridade da vida, é tão estranho. Podemos passar anos sem ver e conversar com aquele amigo da escola, do condomínio, da rua em que morávamos, da universidade, do trabalho e de tantos outros lugares que nos deu a oportunidade de conhecer e criar vínculo com alguém.
            Sabemos que eles estão por aí construindo suas vidas, talvez com algumas dificuldades, mas certamente repleto de sonhos. E então, de repente, sem aviso prévio a vida te surpreende e aquela pessoa que por várias vezes você deixou de recordar, porque hoje sua realidade é outra e infelizmente não tem o prazer de desfrutar da companhia de todos, te marca com uma lembrança triste. Aquele amigo, que talvez tenha virado um estranho para você, mas que preencheu sua vida por um determinado período se vai, assim... do nada, desta vez para muito longe, e você sabe que é definitivo.
             Você não poderá mais ouvi-lo e nem gargalhar juntos, ou simplesmente sentir o seu abraço, embora isso não aconteça há bastante tempo, mas já ocorreu, já vivenciou, e pra você ele(a) estava tão bem por aí pelo mundo arquitetando sonhos e metas. Mas chegou o momento que você não queria vivenciar, a dor da perda, de alguém especial que nutriu sua vida de sorrisos e abraços não mais habita a mesma dimensão que você.
            Por menos contato que tenha tido nesses últimos anos isso te deixará perturbada(o), triste, perplexa(o). Toda a juventude e sonhos foram interrompidos, por alguma motivação que você desconhece. E agora só restam lembranças.

            Então eu te pergunto, será que nunca é tarde demais? O que você deixou de dizer? Hoje não poderá mais ser dito, nem aquele abraço mais sentido e tudo por orgulho ou comodismo. 
Milena Macena do Espírito Santo
                       

4 comentários:

  1. Nossa muito emocionante!

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  2. Parece que certas pessoas têm esse poder de se eternizar em nossos corações. As boas lembranças se evocam quase que automaticamente à menção de seus nomes. Há vínculos na amizade que estão distantes de quaisquer ciências. Acho que me encontro nessa mesma situação que a sua, pois nos últimos anos o que mais cultivei com alguns velhos e bons amigos, aqueles com quem cresci, foi a distância. Trazendo sempre à tona aquela velha desculpa de muito trabalho, perdi a oportunidade de semear novas memórias. Aquele café, aquela conversa que ficaram pra depois agora são apenas vontades porque meus bons amigos se foram...

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    1. Nossa Wagner que bonito!
      certas pessoas sempre estarão em nossas lembranças, por mais que o tempo passe e circunstâncias atrapalhem.
      abraço!

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